Geraldo de Barros é um dos expoentes da arte brasileira, pioneiro na introdução da fotografia moderna e da arte concreta no Brasil. O artista trabalhou os limites dos processos fotográficos,...
Geraldo de Barros é um dos expoentes da arte brasileira, pioneiro na introdução da fotografia moderna e da arte concreta no Brasil. O artista trabalhou os limites dos processos fotográficos, intervindo no negativo, fazendo múltiplas exposições do mesmo filme, sobreposições, montagens e recortes, questionando as regras clássicas de composição. Em sua última incursão artística, criou a série “Sobras” (1996-98), a partir de seu próprio acervo fotográfico, criando e recriando narrativas de uma vida toda. À preocupação formal do concretismo brasileiro, o artista conseguiu associar suas preocupações sociais, usando processos industriais de forma coerente com as construções geométricas, reprodutibilidade, socialização da arte e design industrial, como observado em “Movimento em torno de uma oval e um circulo” (1953-1996).
Participou da criação do laboratório e do curso de fotografia no MASP, onde apresentou a mostra “Fotoformas”, em 1950, além de ser um dos principais atuantes do Foto Cineclube Bandeirante, espaço de experimentação em fotografia no Brasil. Foi um dos fundadores do Grupo Ruptura (1952) e Grupo Rex (1966) e participou da 1ª, 2ª, 9ª, 15ª e 21ª Bienal de São Paulo e da Bienal de Veneza (Itália), em 1986. Dentre as exposições póstumas, estão a retrospectiva no Instituto Moreira Salles (RJ), 2014, e SESC Belenzinho (SP), 2015. Além da Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva (Portugal) e a Document Gallery, em Chicago (EUA), em 2017, Side Gallery (Espanha) e Kurst und Kulturstiftung Opelvillen (Alemanha), em 2018. Seu trabalho faz parte de coleções como Fundação de Arte Cisneros Fontanals (EUA), Fundação Bienal de São Paulo, Instituto Inhotim, MAC-SP, MAM-SP, MASP, MoMA (EUA), Tate Modern (UK), Photographer’s Gallery (UK), Pinacoteca do Estado de São Paulo, etc.
Geraldo de Barros is one of the leading lights of Brazilian art, a pioneer in the introduction of modern photography and concrete art in Brazil. The artist worked at the limits of photographic processes, intervening on the negative, making multiple exposures on the same film, superimpositions, montages and cutouts, questioning the classic rules of composition. In his last artistic foray, he created the Sobras series (1996–98), based on his own photographic collection, creating and recreating narratives of his life as a whole. To the formal concerns of Brazilian concretism the artist associated his social concerns, using industrial processes in a way consistent with geometric constructions, reproducibility, and the socialization of art in industrial design, as seen in the work Movimento em torno de uma oval e um circulo (1953–1996).
He participated in the creation of the darkroom and photography course at MASP, where he presented the show Fotoformas, in 1950, besides being one of the key members of the Foto Cineclube Bandeirante, a space of photographic experimentation in Brazil. He was one of the founders of Grupo Ruptura (1952) and of Grupo Rex (1966) and participated in the 1st, 2nd, 9th, 15th and 21st editions of the Bienal de São Paulo as well as in the Venice Biennale (Italy) in 1986. Posthumous exhibitions of his work have been held at important venues that include Instituto Moreira Salles (RJ), 2014; SESC Belenzinho (SP), 2015; Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva (Portugal) and the Document Gallery, Chicago (USA), 2017; and the Side Gallery (Spain) and Kurst und Kulturstiftung Opelvillen (Germany), 2018. His works figure in collections of prestigious institutions including those of the Fundação de Arte Cisneros Fontanals (USA), the Fundação Bienal de São Paulo, Instituto Inhotim, MAC-SP, MAM-SP, MASP, MoMA (USA), Tate Modern (UK), the Photographer’s Gallery (UK), and the Pinacoteca do Estado de São Paulo.