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Anthony McCall | Augusto de Campos | Bosco Sodi | Caio Reisewitz | Geraldo de Barros | Liliana Porter
Marina Abramovic | Pablo Lobato | Rafael Carneiro | Regina Silveira | Rochelle Costi | Waldemar Cordeiro
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O fazer artístico atravessa as várias etapas próprias do processo criativo do artista, que abrange desde sua conceitualização, até suas camadas estéticas e imagéticas. Embora cada processo seja único e pessoal, todo artista tem um objetivo comum: comunicar. Entendendo a importância dos processos nas manifestações artísticas, a Luciana Brito Galeria apresenta um conjunto de obras que reflete a diversidade e a individualidade de cada artista no exercício de experimentação, com obras de Liliana Porter, Regina Silveira, Geraldo de Barros, Waldemar Cordeiro, Marina Abramovic, Caio Reisewitz, Anthony McCall, Pablo Lobato, Bosco Sodi, além de trabalhos inéditos de Rafael Carneiro, artista que atualmente apresenta mostra individual no espaço da galeria “Casa Família Deleite”. Com método orgânico e livre, Rafael Carneiro parte do significado das figuras utilizadas, que são descontextualizadas, articuladas e resignificadas.
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Augusto de Campos
1931 São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil.Essas obras históricas de Augusto de Campo fazem parte da série de manuscritos originais a partir de “letrasets”, ou seja, letras adesivas transferíveis. Esse é um dos artifícios de criação que o artista-poeta utilizava para construção das suas poesias concretas.
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Regina Silveira
1939 Porto Alegre, Brasil Vive e trabalha em São Paulo, Brasil.A serie Dilatáveis, com foco nas distorções projetivas e sua capacidade de alterar criticamente os significados das imagens apropriadas, fez parte da tese de Doutorado da artista em 1984. Outros trabalhos que participam deste mesmo imaginário poderão ser vistos em sua exposição individual no MAC/ USP, Regina Silveira: Outros Paradoxos, que acontece paralelamente à próxima Bienal de São Paulo, onde estará exposta a totalidade da serie Dilatáveis, em seu formato original.
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Waldemar Cordeiro
1925 Roma, Itália. 1973 São Paulo, Brasil.Líder do movimento concretista brasileiro, o artista utilizava uma pesquisa interdisciplinar e explorava as especificidades do desenho, com linhas e cores básicas que se sustentavam por si só, para pensar a concreção de suas obras.
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Geraldo de Barros
1923 Chavantes, Brasil. 1998 São Paulo, Brasil.As pinturas-objetos produzidas pelo artista na década 1980, utilizam cores básicas e formas geométricas que facilitavam a produção. Antes da realização efetiva desses trabalhos, o artista estudava as possibilidades em desenhos e colagens. Esses conceitos, somados à utilização da fórmica como suporte, eram primordiais para atribuir uma identidade mais “industrial” às obras.
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Anthony McCall
1946, St. Paul's Cray, Inglaterra. Vive e trabalha em Nova York, EUA.Uma das séries mais emblemáticas do artista é composta pelas esculturas de luz sólida, onde a luz ganha dimensão tridimensional através da fumaça. Nos desenhos da série, como em “Meeting You Halfway II” (2011), vê-se os caminhos que as linhas da animação projetadas performam.
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Marina Abramovic
1946 Belgrado, Iugoslávia. Vive e trabalha em Nova York, EUA.A artista é, por si mesma, o ponto de partida para a criação de suas obras. Um exemplo é a instalação “97 Pisama / 97 letters” (2008), onde ela compilou as primeiras frases de cartas que não tivera coragem de abrir durante anos. Como num ato de ousadia para enfrentar seus medos, essas palavras agora estão reunidas em uma só obra. Já a série “Spirit Cooking” (1996), representa as primeiras experiências da artista com gravura. São páginas de um livro de receitas-poemas afrodisíacas, acompanhadas de imagens ligadas à sua prática corporal.
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Bosco Sodi
1970 Cidade do México, México. Vive e trabalha em Nova York, EUA e Puerto Escondido, MéxicoEssa série de pinturas reflete com precisão a pesquisa do artista, que consegue valorizar a potência da simplicidade dos materiais de origem natural, como fibras e pigmentos. Esses elementos são combinados por meio de uma gestualidade marcada, dando um caráter original a cada obra. Sua prática carrega, ainda, técnicas ancestrais que resgatam sua origem latino-americana.
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Liliana Porter
1941 Buenos Aires, Argentina Vive e trabalha em Nova York, EUA.Através de uma coleção particular de imagens e pequenos objetos, a artista trabalha diferentes suportes, desde papel, fotografia, vídeos e instalações, para nos colocar diante de narrativas alegóricas e distorcidas da realidade e do tempo, chamadas de “vinhetas teatrais”.
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Caio Reisewitz
1967 São Paulo, Brasil Vive e trabalha em São Paulo, Brasil.A obra “Ambé” (2021) traz no título a referência do Tupi e dá nome a uma comunidade indígena no Amapá. Paradoxalmente, também significa algo duro e áspero, ao passo que foi colocado em “A Guerra do Céu”, por Davi Kopenawa, como o lugar em sonho onde as crianças indígenas brincavam. Tudo dos quais o artista resignificou por meio de uma imagem de floresta verde e densa, sutilmente manipulada. Já o vídeo “Escuto Mata” (2021), carrega uma crítica à exploração desenfreada das florestas brasileiras por meio de uma narrativa poética de construção dos sons que vêm das matas, durante o nascer do sol e o ocaso.
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Rochelle Costi
1961, Caxias do Sul, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil.O vídeo “Há Casas” (2018) traz um compilado de imagens da Procissão de Círio de Nazaré, de 2017. O evento, que acontece em Belém (PA), reúne fieis carregando seus ex-votos e miniaturas de casas, cada qual representando o desejo por moradia. As imagens são intercaladas com outras de casas reais de moradores da cidade de Jordão (AC). A narrativa traça paralelos entre a realidade e a projeção do sonho da casa própria, ao passo que evidencia as características construtivas típicas da região amazônica. Ao final, posiciona a própria artista em sua residência atual em São Paulo, além de regatar ambiente da casa onde nasceu, em Caxias do Sul (RS), ambos espaços de afeto de Rochelle. A fotografia “Casa no Céu” (2008) também compõe o cenário do vídeo.
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Pablo Lobato
1976 Bom Despacho, Minas Gerais, Brasil. Vive e trabalha em Belo Horizonte, BrasilA pesquisa de Pablo Lobato opera de acordo com cada material e contexto, fazendo com que a articulação de seus trabalhos esteja preocupada com o despertar sensorial. Em “Ah” (2021), o artista trabalha os aspectos formais do fio de cobre encapado, atribuindo novos vetores e linhas orgânicas. Na escultura “Paralelas” (2021), uma alongada peça de madeira é posicionada ao lado de uma análoga em bronze. Ao mesmo tempo em que traz o espelhamento das peças, também mostra a disparidade dos materiais. A madeira, orgânica e reagente ao tempo, aqui vem dos chamados “quadrados”, tiras das quais as madeireiras extraem e descartam, provenientes das retificações precisas dos troncos de pinus.
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Rafael Carneiro | Em Exposição "Casa Família Deleite"
1985 São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil.As pinturas e desenhos fazem parte de série inédita apresentada atualmente na mostra individual do artista, “Casa Família Deleite”, na Luciana Brito Galeria. Com método orgânico e livre, Rafael Carneiro parte do significado das figuras utilizadas, que são descontextualizadas, articuladas e resignificadas nos trabalhos. O artista apresenta aqui um conjunto diversificado de trabalhos, que procura se esquivar dos rótulos e compromissos formais próprios da pintura para se aproximar justamente do complexo universo de imagens da cultura e imaginário coletivos.
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SP-Arte Viewing Room 2021
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