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Luciana Brito galeria
SP-Arte ROTAS 2025
Estande
C06
Afonso tostes | ANTONIO PICHILLÁ | BOSCO SODI
caio reisewitz | Campana | Delson Uchôa
gabriela machadO | HÉCTOR ZAMORA | IVÁN NAVARRO
Liliana PORTER | RAFAEL CARNEIRO | regina silveirA -
Para a SP-Arte Rotas 2025, a Luciana Brito Galeria selecionou um conjunto de obras que refletem as pesquisas mais recentes de seus artistas representados, valorizando sobretudo a relevância dos discursos para a arte contemporânea latino-americana. Com destaque para as obras de Afonso Tostes (1965, Brasil), Antonio Pichillá (1982, Guatemala), Caio Reisewitz (1967, Brasil), Campana (Fernando Campana 1961-2022, Brasil. Humberto Campana 1953, Brasil), Delson Uchôa (1956, Brasil), Iván Navarro (1972, Chile), Gabriela Machado (1960, Brasil), Liliana Porter (1941, Argentina), Rafael Carneiro (1985, Brasil) e Regina Silveira (1939, Brasil).
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A pesquisa de Delson Uchôa tem a luz como seu objeto principal, considerada pelo artista como identidade da sua região de origem: Maceió (AL). É através dela, que o artista trabalha o tempo, a cor, a textura, a transparência e a escala, já que a maioria de suas pinturas traz dimensões monumentais e levam anos para serem finalizadas. A cromaticidade da flora e da fauna naturais dessa região, também são estudadas e combinadas à geometria construtiva popular nordestina. Considerado um dos principais artistas da “Geração 80” da pintura brasileira, Delson também trabalha fotografia e escultura, práticas das quais considera como formas de construir cores, ou seja, extensões da pintura.Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Alagoas em 1981, Delson Uchôa estudou Pintura na Fundação Pierre Chalita. Realizou mostras individuais em instituições renomadas como o Museu Oscar Niemeyer (Curitiba, Brasil, 2023), Museu do Estado de Pernambuco (Recife, Brasil, 2022), Museu de Ecologia e Escultura (São Paulo, Brasil 2018), Ludwig Museum (Koblenz, Alemanha 2015), Centro Cultural São Paulo (São Paulo, Brasil, 2012), Instituto Tomie Ohtake (São Paulo, Brasil 2003). Além de uma extensa trajetória de bienais nacionais e internacionais – como as de Veneza, São Paulo, Havana e Cairo –, suas obras figuram em coleções como Inhotim (Brumadinho, Brasil), Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Brasil), Museu de Arte Moderna de São Paulo (Brasil), Pinacoteca do Estado de São Paulo (Brasil), Vogt Collection (Berlim, Alemanha) e York Stack Collection (Berlim, Alemanha).
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Delson Uchôa é um pesquisador da cor, trazendo a luminosidade própria da sua região, litoral de Alagoas, como ponto de partida. O processo artesanal com o qual realiza suas pinturas evidencia a materialidade e é incorporado pela obra. A partir da combinação entre resina e pigmentos, o artista produz "peles de tinta" com o acúmulo e secagem desses materiais, que são então transplantadas em figuras geométricas. São camadas e camadas de peles sobrepostas que dão vida às pinturas-objetos como se fossem verdadeiros implantes, sustentadas por fibras naturais da sua região.
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Artista indígena do povo Maia Tz'utujil, Antonio Pichillá trabalha com suportes variados, mas encontra na tecelagem seu principal foco de interesse. Para ele, os processos e materiais que envolvem as tradições têxteis representam uma forma de resgatar sua ancestralidade, fortalecendo especialmente a memória das mulheres de sua família. Sua pesquisa baseia-se também na coletividade, cultura e símbolos de seu povo, natural da região do Lago Atitlan (Guatemala).Possui graduação pela Escuela Nacional de Artes Plásticas Rafael Rodríguez Padilla, Guatemala. É membro do grupo TEI-CA (Oficinas de Estudos e Pesquisa em Ciência e Arte). Dentre as exposições individuais mais importantes, estão as que foram apresentadas no International Centre of Graphic Arts – MGLC (2024, Eslovênia), Museum of Contemporary Art Santa Barbara (2023, EUA), La Nueva Fábrica, Santa Ana (2022, Guatemala). Dentre as coletivas estão as do Barbican Centre (2024, GB), The Institute for Studies on Latin American Art ISLAA (2024, EUA), 22a Bienal Sesc VideoBrasil (2023-24, Brasil), Denver Art Museum (2022, EUA); Trienal de Kathmandu (2022, Nepal), 11ª Bienal de Arte Contemporânea de Berlim (2020, Alemanha), Bienal Arte Paiz (2002, 2010 e 2014, Guatemala), etc. Sua obra figura nas coleções do Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (Espanha), Denver Art Museum (EUA) e Tate Modern (GB). Prêmios mais importantes: Bienal Indígena Intercontinental - Menção Honrosa (2012, México) e Juannio Latin American Art Contest / Auction (2017, Guatemala).
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Entre o povo maia tz’utujil, tecer é uma tradição entre as mulheres. As técnicas tradicionais de tecelagem empregadas por Pichillá resgatam referências ancestrais que partem de um processo muito pessoal de aprendizado da tradição do tecer junto à sua mãe.Nesta prática tão intimamente conectada a sua cultura, Pichillá encontra os meios para explorar referências sagradas: os nós e as padronagens do tecer carregam simbolismos específicos relacionados à espiritualidade e, inevitavelmente, à forma de viver maia tz’utujil, onde água, ar, fogo e terra são sagrados, complementam-se e fazem parte de tudo ao redor.
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A pesquisa de Gabriela Machado tem a pintura como principal interesse. O imaginário do dia a dia da vida representa grande fonte de inspiração, fornecendo à artista os parâmetros para suas paisagens e naturezas-mortas, onde pequenos recortes do cotidiano são emulados na tela. Seus processos partem da gestualidade rápida, orgânica e espontânea, o que atribui pureza à visualidade das formas e cores vivas. Suas esculturas acontecem como um desdobramento dessa estética, dando à artista a oportunidade de investigar as formas através da potencialidade de outros materiais, como argila, gesso e bronze.Gabriela Machado formou-se em Arquitetura pela Universidade Santa Úrsula (RJ), em 1984. Também estudou gravura, pintura, desenho e teoria da arte na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (RJ), entre 1987 e 1992, além de cursos livres. Desde 1987 expõe no Brasil e internacionalmente. Dentre as principais exposições individuais estão as realizadas no Paço Imperial (2023, Rio de Janeiro), Fundação Eugênio de Almeida (2019, Évora, Portugal), Museu de Arte de Santa Catarina (2018, Santa Catarina), Auroras (2017, São Paulo), MAM (2016, Rio de Janeiro), Espaço Caixa Cultural (2009, São Paulo e Rio de Janeiro), CCBB (2002, Rio de Janeiro). A artista também participou de mostras coletivas em espaços como na Casa Roberto Marinho (2022-2023, Rio de Janeiro), Paço Imperial (2014, Rio de Janeiro), Oi Futuro (2014, Rio de Janeiro), Instituto Figueiredo Ferraz (2012, Ribeirão Preto (2012, São Paulo), Centro Cultural São Paulo (2011, São Paulo), Museu de Arte da Pampulha (2010, Belo Horizonte), Centro Universitário Maria Antônia (2002, São Paulo), Espaço MAM-Higienópolis (2002, São Paulo), MAM (1999, Salvador), dentre outros. Realizou as residências Air 351 (2019, Cascais, Portugal) e Further on Air (2016, Nova York, EUA). Sua obra figura entre coleções nacionais e internacionais importantes, como Museu de Arte da Pampulha (Belo Horizonte), Centro Cultural São Paulo (São Paulo), Ar.Co - Centro de Arte e Comunicação Visual (Lisboa, Portugal), Casa Roberto Marinho (Rio de Janeiro), IBAC-Instituto Brasileiro de Arte Contemporânea (Rio de Janeiro), Museu de Arte de Santa Catarina (Santa Catarina), Arizona State University Art Museum (Arizona, EUA), etc.
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A pesquisa de Caio Reisewitz traz a fotografia como suporte principal. Através do refinamento técnico e temático, sua obra apresenta um interesse pela ação do homem e seus efeitos sociais e políticos, seja no espaço natural, seja no espaço arquitetônico. Enquanto sua técnica fotográfica exalta a dramaticidade entre formas, cores e texturas, sua poética artística constrói um repertório estético quase onírico. Esses aspectos estabelecem um diálogo dicotômico entre o real (aquele característico do registro fotográfico) e o quimérico (nossos próprios repertórios).Formado em artes plásticas pela Universidade de Mainz (Alemanha), Caio Reisewitz tem especialização em poéticas visuais e mestrado pela Universidade de São Paulo. Dentre as bienais que participou estão a 23a Bienal de Sydney, Austrália (2022), Bienal de Artes de Nice, França (2022), a 26ª Bienal de São Paulo (2004), 51ª Biennale di Venezia (2005) e Nanjing Biennale (2010), na China. Também já teve seu trabalho apresentado na Fundació Mies van der Rohe (2024, Barcelona, Espanha), 22o DongGang International Photo Festival, no Dong Gang Museum of Photograph (2024, Coreia do Sul); MUSAC – Museo de Arte Contemporáneo de Castilla e León (2024, 2023 e 2010, Espanha); Instituto Moreira Salles Rio de Janeiro e São Paulo (2010, Brasil); Ella Fontanals-Cisneros Collection Miami (2005, 2010, EUA); ICP – International Center of Photography, Nova York (2014, EUA); Maison Européenne de la Photographie, Paris (2015, França); Pinacoteca do Estado de São Paulo (2017, Brasil), além de Photo Xangai (2019, China). Em 2020, lançou o livro “Altamira”, a partir de coleção homônima adquirida pela Pinacoteca do Estado de São Paulo (Brasil). Sua obra pode ser encontrada em acervos como Cisneros Fontanals Art Foundation (EUA); Fundación ARCO Madrid (Espanha); Collezione Fondazione Guastalla (Itália); Fond National d'Art Contemporain (França); MUSAC (Espanha); MAM - Museu de Arte Moderna de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador (Brasil); Musée Malraux (França), Pinacoteca do Estado de São Paulo, entre outros.
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A obra Tapuhyba (2022) apresenta a combinação de imagens realizadas pelo artista no Sítio Burle Marx, em Barra de Guaratiba (Rio de Janeiro), espaço tombado pelo IPHAN e que reúne a obra e história do paisagista brasileiro. Nessa imagem de floresta construída, o artista simula o caos como metáfora para tratar da exploração desenfreada pelo homem.
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Bosco Sodi
1970, Cidade do México, México. Vive e trabalha entre Cidade do México, México e Nova York, EUA. -
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A pesquisa de Bosco Sodi prima pela simplicidade de materiais de origem natural, como pigmentos, serragem, fibras, madeira, terra, etc. A combinação desses elementos com a gestualidade da sua produção, proporcionam um caráter excepcional a cada obra, que segundo o artista “torna-se impossível de ser replicada”, além de atribuir uma conexão especial entre ele e a sua prática de criação, que transcende o conceitual. Atualmente, e cada vez mais, sua produção utiliza técnicas antigas, que além de estabelecer uma relação direta com o discurso etnobotânico, resgata sua ancestralidade nativo-latinoamericana. Bosco Sodi também associa essas técnicas a processos tradicionais e contemporâneos, dialogando com os movimentos Land Art e o “Informalismo”.Dentre as principais exposições individuais estão: He Art Museum (2024, Foshan, China), Casa das Rosas (2024, São Paulo, Brasil), SCAI The Bathhouse (2023, Tóquio, Japão), Harvard Art Museum (2023, Cambridge, EUA), Fundación Casa de Mexico (2023, Madri, Espanha), Fondazione dell’Alberto d’Oro, Venice, Italia (2022, como parte da programação oficial da Bienal de Veneza); University of South Florida Contemporary Art Museum, Tampa, EUA (2021), CAC Málaga, Espanha (2020), Royal Society of Sculptors Londres, Inglaterra (2019); Museo Barracco di Scultura Antica, Roma (2019), Mexican Cultural Institute, Washington DC, EUA, 2019, Museo Nacional de Arte, México (2017), The Bronx Museum, Nova York (2010). Mostras coletivas: Ryosokuin Zen Temple (2024, Kyoto, Japão), Desert X (2024, AlUla, Arábia Saudita), Converge 45 Biennial (2023, Oregon, EUA), 23a Triennale Milano (2022, Milão, Itália), Harbour Arts Sculpture Park, Hong Kong (2018), The Museum of Modern Art, Gunma, Japão (2017) e Museo Espacio, México (2016), etc. A obra de Bosco Sodi também compõe coleções importantes, como JUMEX Collection (México), Harvard Art Museums (EUA), Museum of Contemporary Art San Diego (EUA), New Orleans Museum of Art (EUA), The Scottish National Gallery of Art (Escócia), Walker Art Center (EUA), etc.
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Em sua pesquisa artística, Bosco Sodi opta pela simplicidade de materiais de origem natural, como pigmentos, serragem, fibras, madeira e terra, além de celebrar conceitos e valores tradicionais latino-americanos. A combinação desses elementos pode ser percebida na obra “Sem título”, que associada a gestualidade marcante do artista, proporciona um caráter excepcional à obra, além do aspecto texturizado onde ele imprimiu o formato da helicônia, uma típica flor brasileira muito utilizada pelo paisagista Burle Marx, e que também habita os jardins da Luciana Brito Galeria.
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As obras de Iván Navarro atraem o público a partir da combinação de elementos que questionam nossa percepção. Por um lado, sob um ponto de vista formalista, seus trabalhos são cuidadosamente construídos, trazendo a luz como seu suporte principal. Luz que provoca os sentidos ao mesmo tempo em que suscita um encantamento no espectador. A produção de Iván Navarro também é imbuída de conotações políticas, que são comunicadas ao público por inúmeras estratégias, como visto nos títulos de seus trabalhos, no cuidadoso uso da cor, na utilização de anagramas, ou na apropriação e desconstrução de símbolos que representam ideologias e poder institucionalizado.Iván Navarro formou-se em Artes Visuais, em Santiago, Chile, em 1995. Dentre as mostras individuais estão: La Capilla Azul, Chiloé, Chile (2024), Micromuseo di arte Contemporanea della Tuscia, Itália (2023), Art-OMI Sculpture Park, Ghent, EUA (2022), Farol Santander, São Paulo (2020), MAC – Niterói, RJ (2019), MACBA, Buenos Aires (2019), Museu Nacional de Belas Artes, Santiago, Chile (2015), Espace Culturel Louis Vuitton, Paris, França (2010). Dentre as coletivas: Centro de Arte Caja de Burgos, Burgos, Espanha (2024), Site Santa Fe, Novo México, EUA (2022), Illuminate SF Festival of Light, São Francisco, EUA (2020), XIV Bienal de Nuevos Medios, Museo Nacional de Bellas Artes, Santiago, Chile (2019), 13o Bienal do Cairo (2019), MACBA, Buenos Aires, Argentina (2018), Guggenheim NY (2018), Museo del Barrio, NY (2017), MuBE-SP (2016), Centro Nacional de Arte Contemporáneo, Santiago, Chile (2016), 10a Bienal do Mercosul, Porto Alegre, Brasil (2015), Cairo International Biennale, Egito (2010), 53a Biennale di Venezia (2009), 2a Bienal de Moscou (2007), etc. Dentre as coleções mais importantes estão Centro Galego de Arte Contemporánea (Espanha), Fonds National d’Art Contemporain (França), Hirshhorn Museum and Sculpture Garden (EUA), Inhotim (Brasil), Museum of Fine Arts (Boston, EUA), Saatchi Collection (Inglaterra) e Solomon R. Guggenheim Museum (EUA).
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A obra de Rafael Carneiro vem se transformando dentro da pintura. A transcrição das imagens para a tela torna-se por si só uma temática importante para ele, que procura evitar os rótulos e compromissos formais próprios da pintura para se aproximar do complexo universo de imagens da cultura e imaginário coletivos. O significado das figuras utilizadas pelo artista dilui-se pela técnica aplicada, que descontextualiza, reconfigura e ressignifica, por meio da quebra de sua integralidade, subtraindo e somando novos elementos, de forma a compor narrativas mais complexas. Mais recentemente, o artista tem explorado as possibilidades de novos materiais sobre a tela, muitas vezes em trabalhos abstratos, a partir da produção da sua marca de tinta óleo artesanal Joules & Joules.Rafael Carneiro possui formação em Artes Plásticas pela ECA-USP. Suas obras já foram apresentadas em instituições como Centro Cultural Banco do Brasil, CCBB- DF e RJ, Brasil (2019), 33º Bienal de São Paulo, São Paulo, Brasil (2018), Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil (2017), Caixa Cultural Rio de Janeiro, Brasil (2017), Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil (2016), Paço das Artes, São Paulo, Brasil (2014), Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Festival Sesc Videobrasil, São Paulo, Brasil (2013), Itaú Cultural. São Paulo, Brasil (2011), Centro Cultural São Paulo, Brasil (2009), Centro Cultural São Paulo, Brasil (2006), Centro Universitário Maria Antônia, São Paulo, Brasil (2005).
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Héctor Zamora é mais conhecido por sua pesquisa que envolve espaços públicos e o ambiente construído. Em suas obras, o artista reinventa e redefine os espaços convencionais, sejam expositivos ou não, gerando ruídos entre os significados de público e privado, exterior e interior, real e imaginário. Se, por um lado, a obra de Héctor Zamora lida com a herança estética e formal do Concretismo e outras vanguardas Latino Americanas, por outro, problematiza questões sociais e políticas relacionadas ao trabalho numa sociedade de consumo e à subversão de arquiteturas.Héctor Zamora tem formação em design gráfico e geometria estrutural. Suas principais mostras individuais: MAZ Museo de Arte de Zapopan, Zapopan, México (2024), Museu Marítimo de Ílhavo, Ílhavo, Portugal (2023), The Roof Garden Comission, MET-NY, EUA (2020), LABOR, Cidade do México (2019), Pavilhão Branco (Portugal, 2018), Museo de Arte Contemporáneo de Monterrey (México, 2017), Fundación RAC (Espanha, 2017), Palais de Tokyo (França, 2016), CCBB São Paulo (2016), Center for Contemporary Art (Los Angeles, EUA, 2013) e Itaú Cultural (São Paulo, 2010). Dentre as coletivas estão as realizadas no Instituto Cultural de Mexico, França (2023), Desert X, Coachella Valley, Palm Springs, EUA (2023); 13a Bienal do Mercosul, Porto Alegre, Brasil (2022); 4th Mediterranean Biennial, Israel (2021); Hirshhorn Museum, EUA (2020); Centro Galego de Arte Contemporánea, México (2018); Shanghai Biennial, China (2018); MAM-RJ, Brasil (2014); Guggenheim Museum, EUA, (2013), Museo de Arte de Lima, Peru (2012), 54ª Bienal de Veneza, Itália (2011); 11ª e a 14ª Bienal de Lyon, França (2011 e 2017); 12th International Cairo Biennale, Egito (2010), 9ª e 12ª edições da Bienal de la Habana, Cuba (2006 e 2015); 27ª Bienal de São Paulo, Brasil (2006). Zamora foi ainda contemplado com os prêmios do Graham Foundation Arquitetura + Arte (2011), The Garage Centre for Contemporary Culture (2009), The Pollock-Krasner Foundation (2007), Cisneros Fontanals Art Foundation (2006), Jumex Collection Foundation (2006), etc. Suas obras fazem parte das coleções do Amparo Museum (México), Fundación RAC (Espanha), Hirshhorm Museum and Sculpture Garden (EUA), dentre outros.
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A matéria e sua estrutura, formas de conexão, fixação e sustentação são conceitos que atraem o interesse de Afonso Tostes. E foi a partir dos anos 2000, que o artista inicia a pesquisa que passa a nortear seu trabalho: a tridimensionalidade e sua representação no espaço. Trata-se de uma evolução coerente desde o começo de sua carreira, a qual já estudava as formas estruturais orgânicas no desenho e na pintura. Conhecido por suas grandes instalações, Afonso Tostes resgata as histórias preliminares dos materiais, principalmente a madeira, expõe e transforma suas narrativas, de acordo com uma sensível reconstrução no espaço expositivo, ou mesmo com a ressignificação de objetos menores já existentes, como ferramentas e utensílios de trabalho.Afonso Tostes estudou Artes na Escola Guignard (1980, Belo Horizonte, Brasil) e, em seguida, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (1989, Rio de Janeiro, Brasil). Dentre as suas principais mostras individuais estão as apresentadas na Fundação Iberê Camargo (2023, Porto Alegre, Brasil), Sesc Pompeia (2019, São Paulo, Brasil), Casa França Brasil (2013, Rio de Janeiro, Brasil), Museu de Arte Moderna – MAM/RJ (2011, Rio de Janeiro, Brasil), Museu de Arte Contemporânea – MAC Niterói (2009, Rio de Janeiro, Brasil), Centro Cultural Maria Antônia (2003, São Paulo, Brasil) e Centro Cultural São Paulo – CCSP (1996, São Paulo, Brasil). Já dentre as exposições coletivas estão a Casa Roberto Marinho (2023, Rio de Janeiro, Brasil), Museu de Arte do Rio – MAR (2020, Rio de Janeiro, Brasil), Fondation Cartier pour l’Art Contemporain (2019, Paris, França), Museu Nacional de Arte Chinesa (2018, Pequim, China), Frestas Trienal Sesc (2014, Sorocaba, Brasil), Instituto Tomie Ohtake (2010, São Paulo, Brasil) e 5a Bienal do Mercosul (2005, Porto Alegre, Brasil). Sua obra figura em coleções como MAM-RJ (Brasil), MAM-BA (Brasil), MAC Niterói (Brasil), Fondation Cartier pour l’Art Contemporain (França) e Coleção SESC de Arte (Brasil).
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Campana
Fernando e humberto campana. Estúdio Campana.
Fernando Campana. 1961, Brotas, São Paulo, Brasil - 2022, São Paulo, Brasil
Humberto Campana. 1953, Rio Claro, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil -
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Juntos desde 1983, os irmãos Fernando e Humberto Campana desenvolvem um trabalho que abraça a multidisciplinaridade, unido arte, design, arquitetura, cenografia, moda e paisagismo, sendo cada peça uma ferramenta para contar histórias. Através do Estúdio Campana, a dupla vem quebrando barreiras na ressignificação, recuperação e reutilização dos materiais, propondo soluções simples e criativas, bem como resgatando o fazer manual através da tecnologia de ponta e da sustentabilidade. O imaginário coletivo popular do Brasil, com suas cores e formas, é resgatado em peças dramáticas, caóticas e cheias de movimento e significado, promovendo a arte do design como um instrumento de intercâmbio de conhecimentos, transformação e inclusão social. Desde 2022, Humberto Campana lidera os trabalhos com o Estúdio e Fundação Campana.Fernando e Humberto Campana fundaram o Estúdio Campana em 1984. Sua primeira exposição individual aconteceu no Nucleon 8 (1989, São Paulo, Brasil), seguida por Pinacoteca do Estado de São Paulo (1991, São Paulo, Brasil), Museu da Casa Brasileira (1996, São Paulo, Brasil), Museu de Arte Moderna – MAM (2001, São Paulo, Brasil), Design Museum (2004, Londres, GB), Danish Design Centre (2004, Copenhagen, Dinamarca), Victoria & Albert Museum (2007, Londres, GB), Musée Des Arts Decoratifs (2012, Paris, França), Decorative Arts Center of Ohio (2014, Lancaster, EUA), Museu de Arte Moderna – MAM (2020, Rio de Janeiro, Brasil), The Power Station of Art, Shanghai (2024, Xangai, China), dentre muitas outras. Já entre mostras coletivas, destacam-se as realizadas no Centre Pompidou - Metz (2023, Metz, França), Design Museum (2022, Londres, Reino Unido), Museum of Modern Art – MoMA (1998, Nova York, EUA), Crystal Palace (2003, Milão, Itália), Centre Pompidou (2005, Paris, França), Museum of Modern Arts Montreal (2006, Montreal, Canada), Triennale di Milano (2015, Milão, Itália), Somerset House (2018, Londres, Reino Unido), Museum of Fine Arts (2020, Houston, EUA) e Denver Art Museum (2021, Denver, EUA). Suas peças figuram em coleções como Centre Pompidou (França), Musée Des Arts Décoratifs (França), MoMA-NY (EUA) e MAM-SP (Brasil). Em 2009, fundaram o Instituto Campana, para promover o Design como uma ferramenta social. Desde 2018, os Campana estão entre os arquitetos mais importantes do mundo pela Interni. Por dois anos (2014-15), estiveram entre os mais importantes profissionais do Design pela revista Wallpaper e, em 2013, foram listados entre as cem personalidades brasileiras mais influentes. Em 2012, foram selecionados para o Colbert Committee Award (Paris, França), homenageados pela Design Week (Pequim, China), além de Ordem do Mérito Cultural (DF, Brasil), Ordem das Artes e Letras do Ministério da Cultura da França e eleitos Designers do ano pela Maison & Objet de Paris. Em 2008, receberam o prêmio Design/Miami Designer of the Year.
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A série de desenhos Sem título (2024) faz parte de um repertório artístico mais pessoal de Humberto Campana. Durante suas viagens, ele utilizou o tempo livre para expressar sentimentos e impressões momentâneas, em trabalhos realizados de forma livre e intuitiva. Segundo o artista, são desenhos que estão profundamente conectados com a sua alma.
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Por meio de referências da cultura popular e da memória coletiva, Liliana Porter se utiliza de artifícios que beiram o fantástico para compor trabalhos que subvertem as convenções impostas pelo cotidiano e pela própria arte, criando situações ambíguas e controversas, em situações chamadas “vinhetas teatrais”. Através de uma coleção particular de imagens e pequenos objetos, a artista trabalha diferentes suportes, desde fotografia, vídeos e instalações, para nos colocar diante de narrativas alegóricas e distorcidas da realidade e do tempo.Liliana Porter é formada em Artes Visuais pela Escuela Nacional de Bellas Artes (Buenos Aires, Argentina) e pela Universidad Iberoamericana (Cidade do México, México). Radicada nos EUA desde 1964, fundou no mesmo ano o New York Graphic Workshop, com Luis Camnitzer e José Guillermo Castillo. Em 1974, participou da criação da residência Studio Camnitzer, na Itália. Dentre as suas exposições individuais, destacam-se as realizadas no Centro Cultural Recoleta, Buenos Aires, Argentina (2024, 2003), Hessel Museum of Art - Bard College, Nova York, EUA (2024), San Jose Museum of Art, San José, EUA (2023), Saint Louis Art Museum, EUA (2022), National Gallery of Art, Varsóvia, Polônia (2019), Pérez Museum, Miami, EUA (2018), El Museo del Barrio, Nova York, EUA (2018), Museum of Fine Arts, Boston, EUA (2014), MALBA, Buenos Aires, Argentina (2013), Museu Tamayo, México (2009), Phoenix Art Museum, EUA (2000), Bronx Museum (1992), Museo de Arte Moderno, Cali, Colômbia (1990) e Museum of Modern Art-MoMA, Nova York, EUA (1973). Dentre as coletivas, destacam-se as da BIENALSUR, Museo Nacional de Bellas Artes de Chile, Santiago, Chile (2024), Fundación PROA, Buenos Aires, Argentina (2024), Centre Pompidou Málaga, Málaga, Espanha (2023), Fundación PROA, Buenos Aires, Argentina (2021), Guggenheim Museum, Nova York, EUA (2019), Pinacoteca do Estado de São Paulo (2018), Brooklyn Museum, EUA (2018), 57ª Bienal de Veneza, Itália(2017), Whitney Museum of Art, Nova York, EUA (2016), Museo Nacionale de Artes Visuales, Montevideo, Uruguai (2015), Bienal de Curitiba, Brasil (2011), Tokyo Metropolitan Museum of Art, Japão (2008), VI Bienal do Mercosul, Porto Alegre, Brasil (2007), III Bienal Iberoamericana de Lima, Peru (2002), etc. Suas obras integram mais de 50 coleções públicas, incluindo o Whitney Museum (EUA), Tate Modern (inglaterra), Smithsonian Institution (EUA), MoMA (EUA), Metropolitan Museum (EUA), Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Brasil), MALBA (Argentina), Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (Espanha) e Daros Latinamerica (Alemanha).
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Nesse conjunto de micro-instalações, a artista utiliza objetos miniaturas para criar narrativas alegóricas e distorcidas da realidade e do tempo, que refletem sobre a condição humana.
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A pesquisa artística de Regina Silveira questiona as formas ortodoxas e pré-estabelecidas de representação, levando-a a trabalhar novas possibilidades de significações. Suas obras exploram o espaço arquitetônico e contextual, geralmente causando estranhamento, por meio do deslocamento do comum, ou seja, das nossas referências comuns. Regina Silveira é conhecida por sua pesquisa sobre os princípios da perspectiva, tridimensionalidade e estudo das sombras, dos quais emprega em grandes instalações site specifics, recortes em vinil, projeções luminosas, gravuras, bordados, porcelana, vídeos digitais, etc.Bacharel em Artes pelo Instituto de Artes do Rio Grande do Sul (1959), Mestre (1980) e Doutora em Arte (1984) pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, sua carreira como docente inclui o ensino no Instituto de Artes do Rio Grande do Sul; na Universidade de Puerto Rico, em Mayaguez; na FAAP, São Paulo; e na ECA-USP. Foi artista convidada da Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra, Coimbra, Portugal, em 2024, Bienal de São Paulo nas edições de 1981, 1983, 1998 e 2021, da Bienal Internacional de Curitiba em 2013 e 2015, e da Bienal do Mercosul em 2001 e 2011. Participou da Bienal de La Habana, Cuba, em 1986, 1998 e 2015; Médiations Biennale, Poznan, Polônia, em 2012; 6a Taipei Biennial, Taiwan, em 2006; e 2a Setouchi Triennale, Japão, em 2016. Mais recentemente, em 2025, a artista inaugurou sua maior obra comissionada, Paradise, no IAH Terminal D - George Bush Intercontinental Airport, em Houston, EUA, além de de mostras individuais no Instituto Arte Contemporânea (USP), em São Paulo, e no La Virreina Centre de La Imatge, Barcelona, Espanha. Em 2021-22, Regina Silveira apresentou uma grande retrospectiva no Museu de Arte Contemporânea – MAC-USP, em São Paulo. Além disso, a artista já teve seu trabalho apresentado no La Virreina Centre de La Imatge, Barcelona, Espanha, 2024; Paço das Artes, São Paulo, 2020; Museu Brasileiro da Escultura – MuBE, São Paulo, Brasil, 2018; Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, Brasil, 2015; Museo Amparo, Puebla, México, 2014; Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre Brasil, 2011; Atlas Sztuki Gallery, Lodz, Polônia, 2010; MASP-SP, 2010; Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madri, 2005. Regina Silveira recebeu o Prêmio MASP (2013), o Prêmio APCA pela carreira (2011) e o Prêmio Fundação Bunge (2009). Foi bolsista das fundações Fulbright (1994), Pollock-Krasner (1993) e Guggenheim (1990) e sua obra está representada em inúmeras coleções públicas e privadas, como Cisneros-Fontanals Art Foundation (EUA), Inhotim (Brasil), Coleção Itaú (Brasil), El Museo del Barrio (EUA), MAC-USP (Brasil), MASP (Brasil), MAM-RJ/SP (Brasil), Pinacoteca do Estado de São Paulo (Brasil), MoMA (EUA), Phoenix Museum (EUA).
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Desde o final da década de 1980, a artista trabalha o suporte da porcelana. Embora idênticas àquelas utilizadas em nosso cotidiano, essas peças geralmente são desprovidas de seu caráter utilitário. As imagens aplicadas apresentam dois elementos importantes no estudo iconográfico da artista: os bichos e as mãos.
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