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Art Basel Miami Beach 2022
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alex katz | ALLAN MCCOLLUM | ANTHONY MCCALL
BOSCO SODi | CAIO REISEWITZ | IvÁN NAVARRO | LEANDRO ERLICH
LILIANA PORTER | MARINA ABRAMOVIC | Regina Silveira
Estande D24 | Setor Galleries
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Para essa edição da Art Basel Miami Beach, a Luciana Brito Galeria apresenta um conjunto de trabalhos de artistas representados que contribuíram para o debate cultural internacional nos últimos anos, como Allan McCollum (1944, EUA), Anthony McCall (1946, Inglaterra), Bosco Sodi (1970, México), Iván Navarro (1972, Chile), Leandro Erlich (1973, Argentina), Liliana Porter (1941, Argentina) e Marina Abramovic (1946, Iugoslávia), além de Caio Reisewitz (1967, Brasil) e Regina Silveira (1939, Brasil). O argentino Leandro Erlich tem sido um dos destaques de 2022, passando por diversas instituições no mundo, inclusive itinerando pelos Brasil, nos espaços do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Atualmente, o artista prepara “Liminal”, mostra que resgata seus últimos vinte anos de produção nos EUA, no PAMM (Pérez Art Museum Miami), com curadoria de Dan Cameron. O artista apresenta, ainda, performance no estande da Luciana Brito Galeria na feira e no museu, “You can’t have your cake and eat it too”, em parceria com a Kreëmart. A ação apresenta um bolo de chocolate em formato de peça de mobiliário, que ficará exposto durante todo o dia do First Choice day para ao final ser dividido pelo artista e servido aos convidados.Ainda como destaque, Regina Silveira apresenta “Wall Series”, sua primeira coleção de NFTs, inspirada nas 15 serigrafias históricas de "Labirintos", realizada pela artista em 1971. Regina Silveira é uma das artistas mais importantes do cenário das artes visuais contemporânea e traz uma trajetória pautada pela pesquisa em novas mídias.
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Alex Katz
1927, Nova York, EUA. Vive e trabalha em Nova York, EUAAlex Katz começou sua pesquisa como uma forma de resistência ao Expressionismo Abstrato, ainda em meados do sec. XX. Suas paisagens e retratos, pensados a partir das cenas do seu cotidiano, trazem uma linguagem inconfundível através de narrativas figurativas, cores chapadas e vibrantes e formas simples. Além de sua esposa Ada, sua maior inspiração, outras pessoas de seu circulo de amizade também são objetos para suas pinturas, geralmente situadas em ambientes corriqueiros, assim como em “Eleuthera” (1999) e “Viven on Blue” (2007). Ao longo de 60 anos de trajetória, Alex Katz tem desenvolvido um verdadeiro retrato da sociedade norte-americana, atravessando diversas gerações e contextos.
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Allan McCollum
1944, Los Angeles, EUA. Vive e trabalha em Nova York, EUAA pesquisa de Allan McCollum explora as possibilidades tipológicas a partir da produção em massa de objetos feitos artesanalmente. Sua metodologia de trabalho se dá através de um processo artístico sistematizado e colaborativo, explorando conceitos relacionados à produção em série e o valor do trabalho no contexto da cultura de massa. Para a série “Plaster Surrogates”, o artista desenvolveu um método artesanal organizado que estrutura a criação em larga escala dos moldes, fundição do gesso e a aplicação do esmalte, de forma a produzir peças livres de qualquer vestígio manual. Cada peça é única em cor e formato, que embora cumpra as funções estéticas da pintura na parede, traz outros significados subjetivos sobre valores culturais na sociedade contemporânea.
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Anthony McCall
1946, St. Paul’s Cray, Inglaterra. Vive e trabalha em Nova York, EUADesde o início dos anos de 1970, o artista britânico Anthony McCall tem investigado aspectos relacionados à arquitetura e ao tempo, principalmente por meio do cinema, performance, fotografia e desenho. As propriedades escultóricas da luz nos contextos dos espaços e superfícies sempre foram objetos de experimentação para suas obras, como na série histórica de fotografia “Water Table” (1972), do começo de sua carreira. Nesta série, o artista utiliza a câmera fotográfica para registrar experimentos com a luz natural sobre uma superfície sólida e sobre a água. As seis imagens mostram a progressão da refração da luz sobre a placa, que gradativamente é retirada pelo artista e substituída por faixas estreitas de água, até sumirem completamente. Enquanto na primeira imagem vê-se a estabilidade da solidez da estrutura, a última mostra uma superfície quase abstrata, tomada por água e luz.
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Bosco Sodi
1970, Cidade do México, México. Vive e trabalha entre Nova York e Cidade do MéxicoUm dos artistas visuais latinos mais importantes da contemporaneidade, Bosco Sodi apresenta uma pesquisa voltada para a potencialidade dos materiais de origem natural e dos conceitos e valores tradicionais latino-americanos. As pinturas cheias de texturas são realizadas com materiais orgânicos e pigmentos naturais, a partir de processos ininterruptos, onde o artista assimila as casualidades do imprevisto, tornando-se únicas. Já as da série “Sun Paintings” (2020-22), foram realizadas com sacos de estopa usados para a armazenagem de pimentas, produto tradicional na culinária mexicana. A ideia das peças surgiu durante a pandemia, na Casa Wabi, estúdio do artista no litoral de Oaxaca (México), e foram inspiradas pela própria paisagem do local.
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Caio Reisewitz
1967. São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil.Ao longo da carreira, Caio Reisewitz vem desenvolvendo estudos pontuais na fotografia e suas diversas possibilidades dentro das artes visuais. A natureza tem sido fonte de pesquisa importante para o trabalho do artista, que enxerga tanto a potência exuberante e harmonia dos elementos da composição, quanto as problemáticas hoje enfrentadas. Há dez anos, a investigação sobre a Baía de Guanabara, litoral do Rio de Janeiro, tem sido destaque na sua trajetória. A série “Guanabara” (2012) retrata a região de maneira bastante poética, enfatizando sua beleza natural (e original), ao passo que tece uma crítica ao descaso que a área tem sofrido ao longo da história. Fatos recorrentes de degradação ao longo dos anos atribuem relevância à série. Atualmente, por exemplo, a região tem sido alvo da mídia, por ter se tornado um verdadeiro cemitério de embarcações abandonadas pelo exercito brasileiro. O trabalho do artista tem se estabelecido cada vez mais como um discurso político, principalmente tecendo críticas ao sistema, como as ações do homem e o desdém com as reservas naturais, a urbanização desenfreada e suas consequências.
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C A I O R E I S E W I T Z“Guanabara III”, 2012c-print em metacrilatoc-print mounted on Diasec180 x 288 cm
70.86 x 113.38 inEd 1/5View more details -
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Iván Navarro
1972. Santiago, Chile. Vive e trabalha em Nova York, EUA.A produção de Iván Navarro tem a luz como suporte principal, a partir de temáticas que questionam a história da arte, a política e a sociedade. “Eclipse” (2022) e “Quark V” (2022) surgiram a partir da pesquisa de Iván Navarro conhecida por “esculturas cósmicas”, inspiradas em imagens capturadas de telescópios potentes espalhados ao redor do mundo. Segundo o artista, “as imagens são visões do espaço onde as estrelas nascem”. Essas imagens coloridas retratam as misturas dos gases e poeiras do universo. A ideia foi estabelecer relações entre a abstração e infinidade do universo e a ganância humana pelo poder e sede de sobrevivência. Iluminada por LED, essa série, que simula o fenômeno do eclipse, é fruto de uma pesquisa realizada durante a pandemia.
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Leandro Erlich
Buenos Aires, Argentina, 1973. Vive e trabalha em Buenos Aires, Argentina.O trabalho do artista argentino Leandro Erlich explora os artifícios da visualidade, através de jogos de percepção, principalmente por meio da arquitetura e cenas do cotidiano. Suas instalações paradoxais desafiam aquilo que acreditamos e o que vemos, trazendo situações de mistério e interrogação. Em uma de suas produções mais enigmáticas, a série “The Cloud”, o artista trabalha a combinação perfeita de tecnologia e criatividade. Uma nuvem é representada através da ilusão provocada pela interposição de doze painéis de vidro ultra transparente (de última geração) impressos com tinta cerâmica. O universo lúdico e intangível geralmente associado às nuvens no céu é reproduzido pelo artista, que consegue posicionar um volume de nuvem em uma caixa de vidro. Para Leandro Erlich, a nuvem marca a beleza delicada da natureza e a força de resistência contra os impactos sofridos pelo meio-ambiente.
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Liliana Porter
1941, Buenos Aires, Argentina. Vive e trabalha em Nova York, EUANa década de 1960, Liliana Porter foi membro do estúdio experimental de gravura New York Graphic Workshop, onde a artista realizou uma série de autorretratos, como Sem título (Triangle with one hand | Right) (1973), que problematizam as formas do corpo e do rosto. Na ocasião, a artista desenhou uma linha em um dos dedos e depois continuou em uma folha de papel, registrou em fotogravura e imprimiu. Em seguida, traçou uma nova linha a lápis a partir da fotogravura, estendendo-a em formato triângulo, realizando novo registro fotográfico. Com o tempo, os experimentos passaram a outros patamares de pesquisa. As chamadas “vinhetas teatrais” de Liliana Porter subvertem as convenções do cotidiano através de referências da cultura popular e da memória coletiva. A artista se utiliza de artifícios que beiram o fantástico para compor narrativas ambíguas e controversas, utilizando sua própria coleção particular de imagens e pequenos objetos combinados nos mais diferentes suportes, como fotografia, vídeos e instalações.
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Marina Abramovic
1946. Belgrado, Servia. Vive e trabalha em Nova York, EUAMarina Abramovic ficou mundialmente conhecida por sua pesquisa na arte da performance, que introduziu na experiência artística, ainda na década de 1960, a discussão sobre os limites do corpo e da mente, além da relação direta entre o artista e o público. A partir da década 1980, a artista passou a estudar os assuntos relacionados à espiritualidade e ao sincretismo religioso, além dos potenciais da mente, do corpo e do espírito, através da conexão com a natureza e o sagrado. Essa investigação ganhou ainda mais importância depois da primeira visita da artista ao Brasil, em 1989. Desde então, Marina já visitou o país diversas vezes. Em 2012, em meio às produções para o documentário “Espaço Além”, ela passou por diversas regiões do Brasil, reunindo experiências e um rico acervo fotográfico, incluindo o ensaio da série “Places of Power, Floating” (2013).
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M A R I N A A B R A M O V I C“Floating” from the series "Places of Power", 2013impressão em pigmento fine artfine art pigment print160 x 213 cm
63 x 83.87 inEd 4/5 + 2 A.P.View more details -
Regina Silveira
1939, Porto Alegre, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil.Considerada uma das maiores artistas brasileiras da contemporaneidade, Regina Silveira desenvolve sua pesquisa em torno dos questionamentos das formas ortodoxas e pré-estabelecidas de representação, sempre trabalhando novas possibilidades de significações, sendo precursora na experimentação com novas mídias e tecnologias. Aos 83 anos de idade, Regina Silveira reafirma seu pioneirismo com a experimentação artística e lança sua primeira coleção de NFTs, pelo programa de fomento e residência digital Labirinto, em parceria com Luciana Brito Galeria. A “Walls Series” relembra as 15 serigrafias históricas "Labirintos", realizadas pela artista em 1971. -
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