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ArtRio 2022
Equilíbrio -
‘Equilíbrio’ é a palavra chave para designar estabilidade, ao passo que na Física indica que forças distintas atuantes sobre determinado objeto simplesmente não alteram sua situação. Seja ele harmônico ou antagônico, o equilíbrio é algo intrínseco ao processo de criação do artista. Inspirada na série recente de Rochelle Costi, “Equilíbrio” (2021), a Luciana Brito Galeria apresenta nesta edição da ArtRio 2022 um conjunto de obras que abordam como a busca pelo equilíbrio permeia os processos criativos dos seus artistas representados: Bosco Sodi (1970, México), Caio Reisewitz (1967, Brasil), Hector Zamora (1974, México), Iván Navarro (1972, Chile), Leandro Erlich (1973, Argentina), Marina Abramovic (1946, Iugoslávia), Rafael Carneiro (1985, Brasil), Regina Silveira (1939, Brasil) e Rochelle Costi (1961, Brasil). Desta vez, pela primeira vez no Rio de Janeiro, a galeria apresenta o projeto Sala Modernista, espaço especial para mostrar os trabalhos históricos de Waldemar Cordeiro (1925, Itália – 1973, Brasil), Geraldo de Barros (1923-1998, Brasil) e Thomaz Farkas (1924, Hungria – 2011, Brasil). Outra novidade fica por conta das obras do artista mineiro Afonso Tostes (1965, Brasil), recém ingresso no time de artistas da galeria.
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AFONSO TOSTES | bosco sodi | caio reisewitz | CAMPANA
delson uchôa | Geraldo de barros | HÉCTOR ZAMORA | IVÁN NAVARRO
leandro erlich | marina abramovic | Rafael Carneiro | regina silveira
rochelle costi | thomaz farkas | Waldemar Cordeiro
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Afonso Tostes
1965, Belo Horizonte, Brasil. Vive e trabalha no Rio de Janeiro, BrasilA matéria e sua estrutura, formas de conexão, fixação e sustentação são conceitos que atraem o interesse de Afonso Tostes. E foi a partir dos anos 2000, que o artista inicia a pesquisa que passa a nortear seu trabalho: a tridimensionalidade e sua representação no espaço. Trata-se de uma evolução coerente desde o começo de sua carreira, a qual já estudava as formas estruturais orgânicas no desenho e na pintura. Conhecido por suas grandes instalações, Afonso Tostes resgata as histórias preliminares dos materiais, principalmente a madeira, expõe e transforma suas narrativas, de acordo com uma sensível reconstrução no espaço expositivo, ou mesmo com a ressignificação de objetos menores já existentes, como ferramentas e utensílios de trabalho.Afonso Tostes estudou Artes na Escola Guignard (1980, Belo Horizonte/ MG) e, em seguida, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (1989, Rio de Janeiro/ RJ). Dentre as suas principais mostras individuais estão as apresentadas no Sesc Pompeia (2019, São Paulo/SP), Casa França Brasil (2013, Rio de Janeiro/RJ), Museu de Arte Moderna – MAM/RJ (2011, Rio de Janeiro/RJ), Museu de Arte Contemporânea – MAC Niterói (2009, Rio de Janeiro/RJ), Centro Cultural Maria Antônia (2003, São Paulo/SP) e Centro Cultural São Paulo – CCSP (1996, São Paulo/SP). Já dentre as exposições coletivas estão Museu de Arte do Rio – MAR (2020, Rio de Janeiro/RJ), Fondation Cartier pour l’Art Contemporain (2019, Paris, França), Museu Nacional de Arte Chinesa (2018, Pequim, China), Frestas Trienal Sesc (2014, Sorocaba/SP), Instituto Tomie Ohtake (2010, São Paulo/SP) e 5a Bienal do Mercosul (2005, Porto Alegre/RS). Sua obra figura em coleções como MAM-RJ (Brasil), MAM-BA (Brasil), MAC Niterói (Brasil), Fondation Cartier pour l’Art Contemporain (França) e Coleção SESC de Arte (Brasil). -
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A matéria e sua estrutura, formas de conexão e sustentação são conceitos que atraem o interesse de Afonso Tostes, que trabalha a tridimensionalidade e sua representação no espaço, principalmente através da madeira, como na série “Máscaras” (2022).
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Dentre as suas exposições individuais estão: Fondazione dell’Alberto d’Oro, Venice, Italia (2022, como parte da programação oficial da Bienal de Veneza); University of South Florida Contemporary Art Museum, Tampa, EUA (2021), CAC Malaga, Espanha (2020), Royal Society of Sculptors Londres, Inglaterra (2019); Museo Barracco di Scultura Antica, Roma (2019), Mexican Cultural Institute, Washington DC, EUA, 2019, Museo Naional de Arte, México (2017), The Bronx Museum, Nova York (2010). Mostras coletivas: Harbour Arts Sculpture Park, Hong Kong (2018), The Museum of Modern Art, Gunma, Japão (2017) e Museo Espacio, México (2016), etc. A obra de Bosco Sodi também compõe coleções importantes, como JUMEX Collection (México), Harvard Art Museums (EUA), Museum of Contemporary Art San Diego (EUA), New Orleans Museum of Art (EUA), The Scottish Nacional Gallery of Art (Escócia), Walker Art Center (EUA), etc.
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As peças coloridas da série “Sun Paintings” (2020), de Bosco Sodi, refletem com precisão sua pesquisa e, além de manejar o equilíbrio entre a diferença dos materiais utilizados, ressalta a potência desses materiais dentro da sua simplicidade.
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Caio Reisewitz
1967. São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil.A pesquisa de Caio Reisewitz traz a fotografia como suporte principal. Através do refinamento técnico e temático, sua obra apresenta um interesse pela ação do homem e seus efeitos sociais e políticos, seja no espaço natural, seja no espaço arquitetônico. Enquanto sua técnica fotográfica exalta a dramaticidade entre formas, cores e texturas, sua poética artística constrói um repertório estético quase onírico. Esses aspectos estabelecem um diálogo dicotômico entre o real (aquele característico do registro fotográfico) e o quimérico (nossos próprios repertórios).Formado em artes plásticas pela Universidade de Mainz (Alemanha), Caio Reisewitz tem especialização em poéticas visuais e mestrado pela Universidade de São Paulo. Dentre as bienais que participou estão a 23aBienal de Sydney, Austrália (2022), Bienal de Artes de Nice, França (2022), a 26ª Bienal de São Paulo (2004), 51ª Biennale di Venezia (2005) e Nanjin Biennale (2010), na China. Também já teve seu trabalho apresentado no MUSAC – Museo de Arte Contemporáneo de Castilla e León (2010, Espanha); Instituto Moreira Salles Rio de Janeiro e São Paulo (2010, Brasil); Ella Fontanals-Cisneros Collection Miami (2005, 2010, EUA); ICP – International Center of Photography, Nova York (2014, EUA); Maison Europeénne de la Photographie, Paris (2015, França); Pinacoteca do Estado de São Paulo (2017, Brasil), além de Photo Xangai (2019, China). Em 2020, lançou o livro “Altamira”, a partir de coleção homônima adquirida pela Pinacoteca do Estado de São Paulo (Brasil). Sua obra pode ser encontrada em acervos como Cisneros Fontanals Art Foundation (EUA); Fundación ARCO Madrid (Espanha); Collezione Fondazione Guastalla (Itália); Fond National d'Art Contemporain (França); MUSAC (Espanha); MAM - Museu de Arte Moderna de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador (Brasil); Musée Malraux (França), Pinacoteca do Estado de São Paulo, entre outros. -
As fotografias de Caio Reisewitz retratam o Aterro do Flamengo (2016), projeto de Roberto Burle Marx no Rio de Janeiro, num equilíbrio formal e tonal, onde noite e dia se confundem e as linhas do projeto modernista se fundem com os traços exuberantes da natureza local.
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Campana
Fernando e Humberto Campana (1965, Brotas;1953, 1953, Rio Claro)Sócios desde 1983, os irmãos Fernando e Humberto Campana são mundialmente reconhecidos pelo trabalho em Design. A arte que antes era estritamente mobiliária, hoje ultrapassa os limites da multidisciplinaridade e estabelece o design como um viés para contar histórias, unindo arquitetura, moda, cenografia e paisagismo. Através do Estúdio Campana, a dupla vem quebrando barreiras na ressignificação, recuperação e reutilização dos materiais, propondo soluções simples e criativas, bem como resgatando o fazer manual. O imaginário popular coletivo do Brasil, com suas cores e formas, é traduzido em peças dramáticas e cheias de movimento e significado, promovendo a arte do design como uma ferramenta de intercâmbio de conhecimentos, transformação e inclusão social.O Estúdio Campana foi fundado em 1984. Sua primeira exposição individual aconteceu no Nucleon 8 (1989), seguida por Pinacoteca do Estado de São Paulo (1991), Museu da Casa Brasileira (1996, São Paulo, Brasil), MAM-SP (2001), Design Museum, Londres (2004), Victoria & Albert Museum, Londres (2007), Musée Des Arts Decoratifs, Paris (2012), MAM-RJ (2020), dentre muitas outras. Já entre mostras coletivas, destacam-se as do MoMA-NY (1998), Crystal Palace, Milão (2003), Centre Pompidou (2005), Triennale di Milano (2015), Somerset House, Londres (2018), Museum of Fine Arts, Houston (2020) e Denver Art Museum (2021). Suas peças figuram em coleções como Centre Pompidou (França), Musée Des Arts Décoratifs (França), MoMA-NY (EUA) e MAM-SP (Brasil). Em 2009, fundaram o Instituto Campana para promover o Design como ferramenta social. Também já receberam diversas homenagens e prêmios. Foram escolhidos entre mais importantes profissionais do Design pela revista Wallpaper (2014-15) e, em 2012, foram selecionados para o Colbert Committee Award (Paris), homenageados pela Design Week (Pequim), além de receberem a Ordem do Mérito Cultural (DF), Ordem das Artes e Letras do Ministério da Cultura da França e eleitos Designers do ano pela Maison & Objet de Paris. Em 2008, receberam o prêmio Design/Miami Designer of the Year. -
Delson Uchôa
1956, Maceió, Brasil. Vive e trabalha em Maceío, Brasil.A pesquisa de Delson Uchôa tem a luz como seu objeto principal, considerada pelo artista como identidade da sua região de origem: Maceió (AL). É através dela, que o artista trabalha o tempo, a cor, a textura, a transparência e a escala, já que a maioria de suas pinturas traz dimensões monumentais e levam anos para serem finalizadas. A cromaticidade da flora e da fauna naturais dessa região, também são estudadas e combinadas à geometria construtiva popular nordestina. Considerado um dos principais artistas da “Geração 80” da pintura brasileira, Delson também trabalha fotografia e escultura, práticas das quais considera como formas de construir cores, ou seja, extensões da pintura.Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Alagoas em 1981, Delson Uchôa estudou Pintura na Fundação Pierre Chalita. Realizou mostras individuais em instituições renomadas como Museu de Ecologia e Escultura (São Paulo, Brasil 2018), Ludwig Museum (Koblenz, Alemanha 2015), Centro Cultural São Paulo (São Paulo, Brasil, 2012), Instituto Tomie Ohtake (São Paulo, Brasil 2003). Além de uma extensa trajetória de bienais nacionais e internacionais – como as de Veneza, São Paulo, Havana e Cairo –, suas obras figuram em coleções como Inhotim (Brumadinho, Brasil), Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Brasil), Museu de Arte Moderna de São Paulo (Brasil), Pinacoteca do Estado de São Paulo (Brasil), Vogt Collection (Berlim, Alemanha) e York Stack Collection (Berlim, Alemanha). -
Héctor Zamora
1974, Cidade do México, México. Vive e trabalha na Cidade do México.Héctor Zamora é mais conhecido por sua pesquisa, que envolve espaços públicos e o ambiente construído. Em suas obras, o artista reinventa e redefine os espaços convencionais, sejam expositivos ou não, gerando ruídos entre os significados de público e privado, exterior e interior, real e imaginário. Se, por um lado, a obra de Héctor Zamora lida com a herança estética e formal do concretismo e outras vanguardas latino-americanas, por outro, problematiza questões sociais e políticas relacionadas ao trabalho numa sociedade de consumo e à subversão de arquiteturas, da cidade, da história.Héctor Zamora é graduado em design gráfico e geometria estrutural. Realizou mostras individuais em instituições consagradas como: The Roof Garden Commission, MET NY, EUA (2020); LABOR, Cidade do México (2019); Pavilhão Branco (Portugal, 2018); Museo de Arte Contemporáneo de Monterrey (México, 2017); Fundación RAC (Espanha, 2017); Palais de Tokyo (França, 2016); CCBB São Paulo (2016), Center for Contemporary Art (Los Angeles, EUA, 2013) e Itaú Cultural (São Paulo, 2010). Entre as coletivas, destacam-se: 4th Mediterranean Biennial, Israel (2021); Hirshhorn Museum, EUA (2020); Centro Galego de Arte Contemporánea, Espanha (2018); Bienal de Xangai, China (2018); MAM-RJ (2014); Guggenheim Museum (EUA, 2013); Museo de Arte de Lima (Peru, 2012); 54ª Bienal de Veneza (Itália, 2011); 11ª e 14ª edições da Bienal de Lyon (2011 e 2017); 12th International Cairo Biennale (Egito, 2010); 9ª e 12ª edições da Bienal de la Habana (2006 e 2015); 27ª Bienal de São Paulo (2006). Zamora foi ainda contemplado com os prêmios do Graham Foundation Arquitetura + Arte (2011), The Garage Centre for Contemporary Culture (2009), The Pollock-Krasner Foundation (2007), Cisneros Fontanals Art Foundation (2006), Jumex Collection Foundation (2006), entre outros. Suas obras integram as coleções Amparo Museum (México), Fundación RAC (Espanha), Hirshhorn Museum and Sculpture Garden (EUA), entre outras. -
Na série “Potencialidades” (2022), Hector Zamora se apropria das qualidades formais do tijolo vazado de cobogó para criar uma gramática simbólica e tecer uma critica aos sistemas de construção e como estes mecanismos estão ligados às bases da sociedade latina.
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Iván Navarro
1972. Santiago, Chile. Vive e trabalha em Nova York, EUA.As obras de Iván Navarro atraem o público a partir da combinação de elementos que questionam nossa percepção. Por um lado, sob um ponto de vista formalista, seus trabalhos são cuidadosamente construídos, trazendo a luz como seu suporte principal. Luz que provoca os sentidos ao mesmo tempo em que suscita um encantamento no espectador. A produção de Iván Navarro também é imbuída de conotações políticas, que são comunicadas ao público por inúmeras estratégias, como visto nos títulos de seus trabalhos, no cuidadoso uso da cor, na utilização de anagramas, ou na apropriação e desconstrução de símbolos que representam ideologias e poder institucionalizado.Iván Navarro formou-se em Artes Visuais, em Santiago, Chile, em 1995. Dentre as mostras individuais estão: Farol Santander, São Paulo (2020), MAC – Niteroi, RJ (2019), MACBA, Buenos Aires (2019), Museu Nacional de Belas Artes, Santiago, Chile (2015), Espace Culturel Louis Vuitton, Paris, França (2010). Dentre as coletivas: Illuminate SF Festival of Light, São Francisco, EUA (2020), XIV Bienal de Nuevos Medios, Museo Nacional de Bellas Artes, Santiago, Chile (2019), 13o Bienal do Cairo (2019), MACBA, Buenos Aires, Argentina (2018), Guggenheim NY (2018), Museo del Barrio, NY (2017), MuBE-SP (2016), Centro Nacional de Arte Contemporáneo, Santiago, Chile (2016), 10a Bienal do Mercosul, Porto Alegre, Brasil (2015), Cairo Internacional Biennale, Egito (2010), 53a Biennale di Venezia (2009), 2a Bienal de Moscou (2007), etc. Dentre as coleções mais importantes estão Centro Galego de Arte Contemporánea (Espanha), Fonds National d’Art Contemporain (França), Hirshhorn Museum and Sculpture Garden (EUA), Inhotim (Brasil), Museum of Fine Arts (Boston, EUA), Saatchi Collection (Inglaterra) e Solomon R. Guggenheim Museum (EUA). -
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Leandro Erlich
Buenos Aires, Argentina, 1973. Vive e trabalha em Buenos Aires, Argentina.O trabalho de Leandro Erlich explora os artifícios da visualidade, através de jogos de percepção e sentidos. A arquitetura do quotidiano é um tema recorrente na sua obra, com a qual cria paradoxos entre o que acreditamos e o que vemos, com situações de mistério e interrogação. Essa transgressão de limites provoca uma instabilidade não apenas das crenças absolutas, mas também dos limites da própria arte e das instituições legitimadoras. Por meio de instalações, esculturas, fotografias e vídeos, o artista simula situações, de maneira a desarticular nossa experiência cotidiana e nosso entendimento do comum.Dentre as principais exposições individuais de Leandro Erlich, estão a itinerância pelas unidades do Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB, Brasil (2021-22), Sea World Cultural Center, China (2021), Seoul Museum of Art, Coreia do Sul, (2020), MALBA, Argentina (2019), Museum of Contemporary Art, Tokyo, Japão (2013), Barbican Center, Londres, Inglaterra (2013), Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo, Brasil (2009), Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madrid, Espanha (2008), PS1 MoMA, Nova York, EUA (2008) e Museo del Barrio, Nova York, EUA (2001). Dentre as coletivas estão a do Museo de Arte Contemporáneo de Castilla y León – MUSAC, Espanha (2022), Bienal de Cuenca, Equador (2016), Centre Georges Pompidou (2012), Singapure Biennial (2008), Biennale di Venezia, Italia (2001, 2005), Bienal de São Paulo, Brasil (2004), Busan Biennale, Coreia do Sul (2002), Bienal de la Havana, Cuba (2000), I Bienal do Mercosul, Porto Alegre, Brasil (1997) e muitos outros. Sua obra integra coleções públicas e particulares, como 21st Century Museum of Art Kanazawa (Japão), Cisneros Fontanals Art Foundation (EUA), Musee d’Art Moderne de Paris (França), Museo d’Arte Contemporanea di Roma (Itália), Museum of Fine Arts, Houston (EUA), Daros-Latinamerica (Suíça), Fond National d'Art Contemporain de France (França) e Tate Modern (Inglaterra). -
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Marina Abramovic
1946. Belgrado, Servia. Vive e trabalha em Nova York, EUAMarina Abramovic ficou mundialmente conhecida por sua pesquisa na arte da performance, que introduziu na experiência artística, ainda na década de 1960, a discussão sobre os limites do corpo e da mente, além da relação direta entre o artista e o público. A partir da década 1980, a artista passou a investigar os assuntos relacionados à espiritualidade e ao sincretismo religioso, além dos potenciais da mente, do corpo e do espírito, através da conexão com a natureza e o sagrado. Essa investigação ganha ainda mais importância na obra da artista depois de sua primeira visita ao Brasil, em 1989. Essas experiências compõem um rico material para produção de fotografias, vídeos, esculturas e instalações.Marina Abramovic é formada pela Academy of Fine Arts (Belgrado, 1970), Academy of Fine Arts (Zagreb, 1972) e pelo The Art Institute of Chicago (2005). Marina Abramovic é atualmente fundadora do MAI – Marina Abramovic Institute, em Nova York, uma plataforma para arte imaterial e performances de longa duração. Sua primeira exposição individual foi realizada em 1964 na Workers’ University, em Belgrado; desde então, apresentou dezenas mostras individuais em instituições como MoMA, Guggenheim Museum, Serpentine Galleries, MoMA PS1, Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Neue Nationalgalerie, Centre Georges Pompidou, Stedelijk Museum, Fundação Calouste Gulbenkian, Sesc Pompeia, entre outros. Marina Abramovic participou de inúmeras mostras coletivas, com destaque para a 45ª (1993) e a 47ª Bienal de Veneza (1997) – quando ganhou o Leão de Ouro de Melhor Artista –; Documenta 13, 9, 8 e 6 (2012, 1992, 1988 e 1977); as 28ª, 18ª e 16ª edições da Bienal de São Paulo (2008, 1985 e 1981); 5ª e 13a Bienal do Mercosul (2007 e 2022); e 7ª Bienal de la Habana (2000). Suas obras encontram-se nas principais coleções públicas e privadas, como Cisneros Fontanals Art Foundation, Miami (EUA), Kunstmuseum (Suíça), Museum Ludwig (Alemanha), San Francisco Museum of Modern Art (EUA), Solomon R. Guggenheim Museum (EUA), The Museum of Modern Art, New York – MoMA (EUA), etc. -
Rafael Carneiro
1985, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo.O rigor técnico é uma das principais características do trabalho de Rafael Carneiro que, ao longo dos anos, vem se transformando dentro da pintura. A transcrição das imagens para a tela torna-se, por si só, a principal temática de sua obra, que procura evitar os rótulos e compromissos formais próprios da pintura, para se aproximar justamente do complexo universo de imagens da cultura e do imaginário coletivos. O significado das figuras utilizadas pelo artista dilui-se pela técnica aplicada, que descontextualiza, reconfigura e ressignifica, por meio da quebra de sua integralidade, subtraindo e somando novos elementos, de forma a compor narrativas mais complexas. Para isso, Rafael Carneiro utiliza-se de uma vasta coleção particular de imagens, das quais articula mais livremente diversas formas de composição, por meio de um processo orgânico de criação, que muitas vezes também inclui a música.Rafael Carneiro é graduado em artes plásticas pela ECA USP. Suas obras já foram apresentadas em instituições como Centro Cultural Banco do Brasil, CCBB-DF e RJ (2019); 33ª Bienal de São Paulo (2018);Pinacoteca de São Paulo (2017); Caixa Cultural Rio de Janeiro (2017); Instituto Tomie Ohtake, São Paulo (2016); Paço das Artes, São Paulo (2014); Instituto Tomie Ohtake e Festival Sesc_Videobrasil, São Paulo (2013); Itaú Cultural, São Paulo (2011); Centro Cultural São Paulo (2009 e 2006); Centro Universitário Maria Antonia, São Paulo (2005). -
Regina Silveira
1939, Porto Alegre, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil.A pesquisa artística de Regina Silveira questiona as formas ortodoxas e pré-estabelecidas de representação, levando-a a trabalhar novas possibilidades de significações. Suas obras exploram o espaço arquitetônico e contextual, geralmente causando estranhamento, por meio do deslocamento do comum, ou seja, das nossas referências comuns. Regina Silveira é conhecida por sua pesquisa sobre os princípios da perspectiva, tridimensionalidade e estudo das sombras, dos quais emprega em grandes instalações site specifics, recortes em vinil, projeções luminosas, gravuras, bordados, porcelana e vídeos digitais.Bacharel em Artes pelo Instituto de Artes do Rio Grande do Sul (1959), Mestre (1980) e Doutora em Arte (1984) pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, sua carreira como docente inclui o ensino no Instituto de Artes do Rio Grande do Sul; na Universidade de Puerto Rico, em Mayaguez; na FAAP, São Paulo; e na ECA-USP. Foi artista convidada da Bienal de São Paulo nas edições de 1981, 1983, 1998 e 2021, da Bienal Internacional de Curitiba em 2013 e 2015, e da Bienal do Mercosul em 2001 e 2011. Participou da Bienal de La Habana, Cuba, em 1986, 1998 e 2015; Médiations Biennale, Poznan, Polônia, em 2012; 6a Taipei Biennial, Taiwan, em 2006; e 2a Setouchi Triennale, Japão, em 2016. Atualmente, Regina Silveira apresenta retrospectiva no Museu de Arte Contemporânea – MAC-USP, em São Paulo (2021-22). A artista já teve seu trabalho apresentado no Paço das Artes, São Paulo, 2020; Museu Brasileiro da Escultura – MuBE, São Paulo, Brasil, 2018; Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, Brasil, 2015; Museo Amparo, Puebla, México, 2014; Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre Brasil, 2011; Atlas Sztuki Gallery, Lodz, Polônia, 2010; MASP-SP, 2010; Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madri, 2005. Regina Silveira recebeu Prêmio MASP (2013), o Prêmio APCA pela carreira (2011) e o Prêmio Fundação Bunge (2009). Foi bolsista das fundações Fulbright (1994), Pollock-Krasner (1993) e Guggenheim (1990) e sua obra está representada em inúmeras coleções públicas e privadas, como Cisneros-Fontanals Art Foundation (EUA), Inhotim (Brasil), Coleção Itaú (Brasil), El Museo del Barrio (EUA), MAC-USP (Brasil), MASP (Brasil), MAM-RJ/SP (Brasil), Pinacoteca do Estado de São Paulo (Brasil), MoMA (EUA), Phoenix Museum (EUA). -
Regina Silveira, de maneira paradoxal, atinge o equilíbrio estético na série “Fauna Mix”(2021-22) justamente por meio da representação irreal de elementos iconográficos da fauna brasileira, onde cada tapeçaria combina uma variedade de figuras sem precisar respeitar a proporção real dos tamanhos.
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Formação em Comunicação Social pela PUC-RS e especialização pela Saint Martin School of Art e Camera Work, em Londres. Dentre as instituições em que apresentou mostras individuais estão: Oficinas Culturais Oswald de Andrade, São Paulo, Brasil (2021), The Photographer’s Gallery, Londres, Inglaterra (2016), Museu de Arte Moderna - MAM, São Paulo (2010), Centro Cultural São Paulo – CCSP, Brasil (2009) Museu da Imagem e do Som, São Paulo, Brasil (2008) e Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil (2005). Entre as exposições coletivas mais significativas estão as do Museu da Imagem e do Som-MIS, São Paulo, Brasil (2022), Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brasil (2020), III Beijing Photo Biennial, Beijing, China (2018), Museu de Arte de São Paulo - MASP, Brasil (2018), Bienal de la Paiz, Guatemala (2016), Somerset House, Londres, Inglaterra (2012), a 11th International Architecture Exhibition, Veneza, Itália (2008), 24a Bienal de São Paulo, Brasil (2010 e 1998), Bienal de Cuenca, Equador (2009), XXVI Bienal de Pontevedra, Espanha (2000), Centro de Arte Reina Sofia, Madri, Espanha (2000), II Bienal do Mercosul, Porto Alegre (1999), 6ª e 7ª Bienal de Havana, Cuba (1997 e 1999), II Tokyo Photography Biennial, Japão (1997). Seus trabalhos fazem parte de acervos como Cisneros Fontanals Art Foundation (EUA), Instituto Inhotim (Brasil), MASP (Brasil), MAM-SP/RJ (Brasil), Pinacoteca do Estado de São Paulo (Brasil) e Museum Moderner Kunst Stiftung Ludwig (Áustria), entre outros.
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A série “Equilíbrio” (2021), de Rochelle Costi, surgiu como uma metáfora a sanidade emocional, almejado por todos nós durante o período de isolamento social. Trata-se de um conjunto de fotografias realizadas a partir de diversas combinações entre as peças da coleção particular da artista, que se equilibram sobrepostas, numa perfeita harmonia entre luz, sombra, forma e cor.