Caio Reisewitz’s research takes photography as its main medium. Through technical and thematic refinement, his work evinces an interest in human action and its social and political effects, whether in the natural space or the architectural space. While his photographic technique highlights the dramaticity among shapes, colors and textures, his artistic poetics constructs a nearly dreamlike aesthetic repertoire. These aspects establish a dichotomous dialogue between the real (that which is characteristic of the photographic record) and the chimerical (our own repertoires).

 

Boracéia (2012) was one of Caio Reisewitz’s first collage works, in which he establishes a relationship between nature, human intervention, the occupation of space and improvisation. The name “boracéia” is an imaginative construction inspired by the Tupi language, creating what looks and sounds like an ancient word carrying an ancestral message whose fragments echo possible meanings: “pora,” what sprouts, and “ceia,” what is shared. Together, they suggest a gesture of offering between what is born and what is offered. In this sense, “boracéia” can be understood as “that which sprouts and is shared,” a symbolic territory where the natural and the human meet.

 

 

A pesquisa de Caio Reisewitz tem a fotografia como suporte principal. Através do refinamento técnico, suas composições mostram um particular interesse pela ação humana e seus efeitos sociais e políticos, seja no espaço natural ou no espaço arquitetônico. Sua poética constroi um repertório que pode tanto nos colocar diante do descaso humano, quanto da poesia plástica dos ambientes.

 

"Boracéia" (2012) foi uma das primeiras obras em colagem de Caio Reisewitz, onde ele estabelece uma relação entre a natureza, a ação humana, a ocupação dos espaços e o improviso. O nome “boracéia” nasce de uma escuta imaginada da língua Tupi, como se fosse uma palavra antiga que carrega em si uma mensagem ancestral, cujos fragmentos ecoam significados possíveis, como “pora”, o que brota, e “ceia”, o que se reparte,  sugerindo um gesto de partilha entre o que nasce e o que se oferece. Assim, “boracéia” pode ser entendida como “aquilo que brota e se reparte”, um território simbólico onde o natural e o humano se encontram.