A obra "Brasileirinho da mata" combina combinação a geometria popular nordestina com a planimetria construtivista de Bauhaus, da qual o artista utiliza também fibras naturais brasileiras, além da luminosidade solar alagoana e referências cromáticas da arte plumária e da cultura indígena. Essa interação da luz com a matéria é costurada em padrões geométricos sofisticados, causando fenômenos ópticos contrastantes aos olhos.
A pesquisa de Delson Uchôa tem a luz como seu objeto principal, considerada pelo artista como identidade da sua região de origem: Maceió (AL). É através dela, que o artista trabalha o tempo, a cor, a textura, a transparência e a escala, já que a maioria de suas pinturas traz dimensões monumentais e levam anos para serem finalizadas. A cromaticidade da flora e da fauna naturais dessa região, também são estudadas e combinadas à geometria construtiva popular nordestina. Considerado um dos principais artistas da “Geração 80” da pintura brasileira, Delson também trabalha fotografia e escultura, práticas das quais considera como formas de construir cores, ou seja, extensões da pintura.
Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Alagoas em 1981, Delson Uchôa estudou Pintura na Fundação Pierre Chalita. Realizou mostras individuais em instituições renomadas como o Museu Oscar Niemeyer (Curitiba, Brasil, 2023), Museu do Estado de Pernambuco (Recife, Brasil, 2022), Museu de Ecologia e Escultura (São Paulo, Brasil 2018), Ludwig Museum (Koblenz, Alemanha 2015), Centro Cultural São Paulo (São Paulo, Brasil, 2012), Instituto Tomie Ohtake (São Paulo, Brasil 2003). Além de uma extensa trajetória de bienais nacionais e internacionais – como as de Veneza, São Paulo, Havana e Cairo –, suas obras figuram em coleções como Inhotim (Brumadinho, Brasil), Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Brasil), Museu de Arte Moderna de São Paulo (Brasil), Pinacoteca do Estado de São Paulo (Brasil), Vogt Collection (Berlim, Alemanha) e York Stack Collection (Berlim, Alemanha).
The main object in Delson Uchôa’s research is light, which he identifies with his region of origin: the city of Maceió, in northeast Brazil. It is through light that the artist works with time, color, texture and transparency – as well as scale, since most of his paintings have monumental dimensions and take years to finish. He also studies the natural chromaticity of the flora and fauna of that region, which he combines with the Northeastern popular constructive geometry. Considered one of the main artists of the “80s Generation” of Brazilian painting, Delson also works with photography and sculpture – practices he considers as ways of constructing colors, that is, as extensions of painting.
With a degree in medicine received from the Federal University of Alagoas in 1981, Delson Uchôa studied painting at Fundação Pierre Chalita. He has held solo shows at renowned institutions such as the Museu Oscar Niemeyer (Curitiba, Brazil, 2023) Museu do Estado de Pernambuco (Recife, Brazil, 2022), Museu de Ecologia e Escultura (São Paulo, Brazil 2018), Ludwig Museum (Koblenz, Germany 2015), Centro Cultural São Paulo (São Paulo, Brazil, 2012), and Instituto Tomie Ohtake (São Paulo, Brazil 2003). He has participated extensively in national and international art biennials, such as those of Venice, São Paulo, Havana and Cairo, and his works figure in important collections, including those of Inhotim (Brumadinho, Brazil), the Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Brazil), the Museu de Arte Moderna de São Paulo (Brazil), the Pinacoteca do Estado de São Paulo (Brasil), the Vogt Collection (Berlin, Germany) and the York Stack Collection (Berlin, Germany).