No início da década de 1970, ainda em Porto Rico, onde morava e trabalhava, Regina Silveira iniciou suas primeiras pesquisas relacionadas à geometria e perspectiva. Na série histórica de serigrafias, "Middle Class &Co", a artista apropriou-se pela primeira vez da imagem fotográfica, neste caso retirando-a de revistas e jornais e replicando-a em diversas situações claustrofóbicas, onde a multidão retratada vê-se fechada em receptáculos geométricos. Este conjunto de obras expressa críticas à massificação da realidade social daquele período, que, por incrível que pareça, pode ser uma referência para a nossa realidade atual.
A trajetória de Regina Silveira confunde-se com a história da arte contemporânea brasileira. Desde o final da década de 1950, a artista tem sido grande protagonista na evolução da pesquisa artística, abrindo os caminhos para o desenvolvimento das diferentes frentes de representação e composição da imagem. Conhecida por suas pesquisas sobre as normas da visualidade, como os princípios da perspectiva, da tridimensionalidade e do estudo das sombras, a artista trabalha em diferentes mídias, como gravura, vídeo e escultura, além de grandes instalações públicas e sites specifics.
No início da década de 1970, ainda em Porto Rico, onde morava e trabalhava, Regina Silveira iniciou suas primeiras pesquisas relacionadas à geometria e perspectiva. Na série histórica de serigrafias, "Middle Class &Co", a artista apropriou-se pela primeira vez da imagem fotográfica, neste caso retirando-a de revistas e jornais e replicando-a em diversas situações claustrofóbicas, onde a multidão retratada vê-se fechada em receptáculos geométricos. Este conjunto de obras expressa críticas à massificação da realidade social daquele período, que, por incrível que pareça, pode ser uma referência para a nossa realidade atual.
Desde meados dos anos 2000, a mão como signo passou a fazer parte da pesquisa de Regina Silveira. Assim, mãos e gestos recortados ganharam diferentes significados na obra da artista, muitos dos quais remetem à própria arte. A série "Broken" é um desdobramento dessa pesquisa, onde ela utiliza a impressão digital em papel laminado, suportes que vêm sendo estudados pela artista.
Regina Silveira’s artistic path is intertwined with the history of Brazilian contemporary art. Since the late 1950s, the artist has been a leading figure in the evolution of artistic research, pioneering the development of new forms of representing and composing the image. Known for her research into the norms of visuality, such as the principles of perspective, three-dimensionality, and the study of shadows, the artist works in various media, including printmaking, video and sculpture, as well as large public installations and site-specific works.
It was in the early 1970s, while living and working in Puerto Rico, that Regina Silveira began her first investigations concerning geometry and perspective. In the historic series of silkscreen prints Middle Class &Co, the artist appropriated photographic images for the first time, taking them (in this case) from magazines and newspapers and replicating them in various claustrophobic situations, where the crowd in the photo finds itself enclosed in geometric receptacles. This group of works arose as a criticism of the massification of the social reality of that time – a critique which, amazingly, also resonates with our current reality.
Since the mid-2000s, Regina Silveira has been using the hand as a sign in her research. Thus, cutouts depicting hands and gestures have taken on different meanings in the artist’s work, many of which refer to art itself. The Broken series is an extension of this research, where she uses digital printing on laminated paper, two supports that she has been recently investigating.