A obra "Jaguaratema", primeiramente apresentada em 2023 como parte da exposição "mundo do meio", na Luciana Brito Galeria, foi produzida por meio de uma sobreposição de imagens realizadas pelo artista no Saco do Mamanguá (litoral sul do Rio de Janeiro), durante uma inundação devido às fortes chuvas. Inspirada no conto “Meu tio o Iauaretê” (1961), de Guimarães Rosa, Jaguaretama é o nome atribuído à floresta onde se dá o ápice da história contada pelo autor. Trata-se de uma fábula onde o tom metafórico leva o personagem principal, um caçador de onças, a se identificar tanto com esses animais ao ponto de se "transformar" em um. Esse personagem, filho de uma mãe indígena e pai branco, se abstém de sua ascendência branca para assimilar completamente seu lado indígena, numa simbiose completa com a natureza que envolve o seu viver.
A pesquisa de Caio Reisewitz traz a fotografia como suporte principal. Através do refinamento técnico e temático, sua obra apresenta um interesse pela ação do homem e seus efeitos sociais e políticos, seja no espaço natural, seja no espaço arquitetônico. Enquanto sua técnica fotográfica exalta a dramaticidade entre formas, cores e texturas, sua poética artística constrói um repertório estético quase onírico. Esses aspectos estabelecem um diálogo dicotômico entre o real (aquele característico do registro fotográfico) e o quimérico (nossos próprios repertórios).
Formado em artes plásticas pela Universidade de Mainz (Alemanha), Caio Reisewitz tem especialização em poéticas visuais e mestrado pela Universidade de São Paulo. Dentre as bienais que participou estão a 23a Bienal de Sydney, Austrália (2022), Bienal de Artes de Nice, França (2022), a 26ª Bienal de São Paulo (2004), 51ª Biennale di Venezia (2005) e Nanjing Biennale (2010), na China. Também já teve seu trabalho apresentado no MUSAC – Museo de Arte Contemporáneo de Castilla e León (2024, 2023 e 2010, Espanha); Instituto Moreira Salles Rio de Janeiro e São Paulo (2010, Brasil); Ella Fontanals-Cisneros Collection Miami (2005, 2010, EUA); ICP – International Center of Photography, Nova York (2014, EUA); Maison Européenne de la Photographie, Paris (2015, França); Pinacoteca do Estado de São Paulo (2017, Brasil), além de Photo Xangai (2019, China). Em 2020, lançou o livro “Altamira”, a partir de coleção homônima adquirida pela Pinacoteca do Estado de São Paulo (Brasil). Sua obra pode ser encontrada em acervos como Cisneros Fontanals Art Foundation (EUA); Fundación ARCO Madrid (Espanha); Collezione Fondazione Guastalla (Itália); Fond National d'Art Contemporain (França); MUSAC (Espanha); MAM - Museu de Arte Moderna de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador (Brasil); Musée Malraux (França), Pinacoteca do Estado de São Paulo, entre outros.
Caio Reisewitz’s research takes photography as its main medium. Through technical and thematic refinement, his work evinces an interest in human action and its social and political effects, whether in the natural space or the architectural space. While his photographic technique highlights the dramaticity among shapes, colors and textures, his artistic poetics constructs a nearly dreamlike aesthetic repertoire. These aspects establish a dichotomous dialogue between the real (that which is characteristic of the photographic record) and the chimerical (our own repertoires).
With a degree in visual arts from Mainz University (Germany), Caio Reisewitz has an advanced degree in visual poetics and an MA from the University of São Paulo. The biennials he has participated in include: 23rd Sydney Biennale (2022), Biennale des Arts 2022 de Nice, France, the 26th Bienal de São Paulo (2004), the 51st Biennale di Venezia (2005), in Italy, and the Nanjing Biennale (2010), in China. His work has also been shown at the Museo de Arte Contemporáneo de Castilla y León (MUSAC) (2024, 2023 and 2010, Spain); Instituto Moreira Salles, Rio de Janeiro and São Paulo (2010); the Ella Fontanals-Cisneros Collection Miami (2005, 2010, USA); the International Center of Photography (ICP), New York (2014, USA); the Maison Européenne de la Photographie, Paris (2015, France); the Pinacoteca de São Paulo (2017), as well as at Photo Shanghai (2019, China). In 2020, he released the book Altamira, based on a collection of the same name acquired by the Pinacoteca de São Paulo. His work figures in important collections such as those of the Cisneros Fontanals Art Foundation (USA); the Fundación ARCO Madrid (Spain); the Collezione Fondazione Giovanni Guastalla (Italy); the Fond National d’Art Contemporain (France); MUSAC (Spain); the Museu de Arte Moderna (MAM) of São Paulo, of Rio de Janeiro and of Salvador (Brazil); the Musée Malraux (France); and the Pinacoteca de São Paulo.