Gaspar Gasparian
O legado de Gaspar Gasparian está associado ao seu papel na consolidação da fotografia brasileira como arte autônoma, acima do registro documental. O artista foi um dos grandes colaboradores do Foto Cineclube Brandeirante e, juntamente com Geraldo de Barros, Thomaz Farkas e outros, integrou a “escola paulista da fotografia”, como eram chamados pela imprensa da época. Em suas primeiras fotografias, trabalhava principalmente paisagens e naturezas mortas. Mais tarde, partiu para o experimentalismo, encontrando na abstração geométrica seu maior interesse. Em seu estúdio, criava seus próprios cenários para fotografar, os famosos “table tops”, onde capturava as qualidades formais dos objetos e criava composições fotográficas inusitadas.
Sua carreira fotográfica começou em 1940. Em 1942, tornou-se membro do Foto Cineclube Bandeirante. Recebeu o Prêmio Anchieta por sua participação no Salão Paulista de Arte Fotográfica (1940, São Paulo, Brasil) e a medalha de prata na Exposição Internacional de Arte Fotográfica (1952, Rio de Janeiro, Brasil). Dentre as principais exposições individuais estão Museu Oscar Niemeyer (2011, Curitiba, Brasil), Pinacoteca do Estado de São Paulo (2010, Brasil) e Museu da Imagem e do Som (1990, São Paulo, Brasil). Já entre as coletivas, figuram Museum of Modern Art – MoMA (2021, Nova York, EUA), Museu de Arte de São Paulo (2018, Brasil), Tate Modern (2018 e 2016, Londres, Inglaterra), Itaú Cultural (2017, São Paulo, Brasil), Whitechapel Gallery (2015, Londres, Inglaterra), ICP – International Center of Photography (2014, Nova York, EUA), Centro Cultural São Paulo (2009, Brasil), Cisneros Fontanals Art Foundation (2006, Miami, EUA), além de diversos Salões e Festivais de fotografias entre as décadas 1960 e 70, no Brasil e no mundo. Sua obra integra coleções como MASP (Brasil), Tate Modern (Inglaterra), MoMA-NY (EUA), Cisneros Fontanals Art Foundation, etc.