O ensaio XVIII / XXI é resultado de uma imersão no Barroco Mineiro em viagem de pesquisa realizada em novembro de 2016. As imagens, combinadas por semelhança estética, formal, cromática...
O ensaio XVIII / XXI é resultado de uma imersão no Barroco Mineiro em viagem de pesquisa realizada em novembro de 2016. As imagens, combinadas por semelhança estética, formal, cromática ou mesmo por serem aparentemente díspares, quando colocadas lado a lado sugerem uma narrativa a se completar pelo que o observador traz na memória sobre essa passagem histórica, de tantas formas contada através dos tempos. Os materiais presentes nas cenas como que negam a opulência do ouro e reafirmam a força da pedra, que se transmuta em diferentes formas e utilidades. Elege-se como ponto de vista uma espécie de lado avesso das cenas. E desse lugar privilegiado que é o avesso das coisas, vê-se discretas intervenções do tempo presente, reconfigurando os símbolos do passado, gerando significados ocultos, tal qual acontecia com a inserção secreta de signos africanos dentro da cultura cristã colonial. Como se ainda ecoasse, clandestina, a voz de um escravo em meio ao cântico em latim.