Estande D7
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A ideia de realizar um estande solo do artista Fernando Zarif surgiu não apenas para prestar uma justa homenagem a esse artista, como também proporcionar ao público conhecer mais sobre sua produção multidisciplinar, que foi tão importante para a cena artística paulistana das décadas de 1980 e 90. Com curadoria de Rafael Vogt Maia Rosa, que desde 2018 estuda o legado de Fernando Zarif, a seleção apresenta um conjunto antológico de obras inéditas, enfatizando a singularidade de sua produção pictórica no contexto da chamada “volta à pintura” na arte brasileira dos anos 1980, bem como de experimentações tridimensionais e fotográficas, especialmente por meio do auto-retratismo, que o possibilitou alcançar uma figuração condizente com seu lirismo e expressividade, teatralizadas e insubmissas. O objetivo também é mostrar a independência e o virtuosismo que permitiram ao artista atravessar as tendências dominantes da época, apoiadas em uma crítica de extração formalista e no caráter heroico do expressionismo abstrato norte-americano, cultivando um “orientalismo” filosófico e poético, cuja fonte é a tradição do automatismo surrealista e uma concepção musical da história da arte.